A catarata congênita refere-se à uma má formação que atinge o cristalino, fazendo com que a criança nasça ou desenvolva o problema ao longo de seu primeiro ano de vida.

Essa má formação acarreta na opacificação do cristalino, mesmo processo que ocorre com pessoas de mais idade, porém, ainda durante a formação do bebê no útero ou nos primeiros meses após o nascimento, fazendo com que a criança sofra não apenas com a baixa visão, mas, também, podendo apresentar outros problemas em seu desenvolvimento.

Neste conteúdo, falaremos a respeito das causas deste problema, seus sintomas e opções de tratamento, tanto para facilitar a identificação da doença em bebês, quanto para mostrar aos pais as possíveis soluções.

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O que é catarata congênita

A catarata congênita é resultado de uma má formação no cristalino, aquela lente natural do olho que já mencionamos em outros conteúdos sobre catarata em nosso blog.

Sendo o resultado de uma má formação, a condição pode estar presente já no momento do nascimento, ou, ainda, se desenvolver ao longo do primeiro ano de vida do bebê, podendo afetar um ou ambos os olhos.

Para a maior tranquilidade dos pais, é preciso mencionar que, segundo dados da OMS, a cada 10.000 crianças, apenas de 3 a 6 sofrem de catarata congênita e, com diagnóstico precoce, é possível reverter ou minimizar a perda de visão.

Quais as causas e sintomas

Quando a catarata se manifesta de forma congênita, é provável que ela esteja ligada a alguns fatores, como infecções e doenças que acometem a mãe durante a gestação, bem como pelo alcoolismo, tabagismo e uso excessivo de determinados medicamentos.

Tratando especificamente das doenças, as principais causas da catarata congênita são a sífilis, toxoplasmose e rubéola.

A prevenção dessas doenças inclui manter a vacinação em dia, fazer o pré-natal corretamente, incluindo os exames periódicos para identificar infecções que ofereçam risco para o bebê.

O sinal mais comum é o embranquecimento do olho afetado ou de ambos os olhos. Além disso, também pode haver estrabismo ou movimentos não coordenados dos olhos, alta rejeição à luz, dificuldade de encontrar objetos ao engatinhar e alterações/dificuldades em tatear e pegar objetos e brinquedos.

Porém, todos esses sintomas, com exceção do branqueamento do olho, podem passar despercebidos, fazendo com que o problema não seja identificado a tempo, causando prejuízos maiores e até irreversíveis à visão da criança.

A principal forma de diagnóstico dessa condição é chamado teste do olhinho, feito normalmente nas primeiras horas de vida do bebê. Sabendo disso, é importante não negligenciar este cuidado e assegurar que seu bebê passe pelo exame.

Como tratar a catarata congênita

Atualmente, mesmo com opções de tratamento sendo testadas, a melhor forma de tratar a catarata congênita é através da cirurgia, como ocorre com pacientes idosos que sofrem com a condição.

Na cirurgia, é feita uma pequena incisão no olho do bebê, para remover o cristalino opacificado e colocar uma lente intraocular que cumprirá a função da lente natural, convertendo a luz em imagens claras e nítidas.

Hoje, já é possível fazer a cirurgia nos estágios iniciais da catarata, diferentemente do que era feito no passado, quando era recomendado esperar até a doença progredir para se fazer a cirurgia.

Os resultados da cirurgia para catarata congênita se mostram mais eficazes quando o procedimento é realizado nas primeiras semanas de vida, portanto, ao perceber os sintomas e ter em mãos o diagnóstico, é importante não demorar para buscar auxílio especializado para a realização da cirurgia.

Escolha bons profissionais

A cirurgia de catarata congênita exige, dos pais e responsáveis pelo bebê, a mesma atenção que seria necessária para operar um familiar idoso.

Desta forma, buscar profissionais qualificados, de boa reputação e com experiência para realizar o procedimento (não necessariamente com muitos anos, mas com muitas cirurgias já realizadas) é indispensável.

Escolher não apenas um bom profissional, como também uma boa clínica, reduz drasticamente os riscos da cirurgia para catarata, garantindo ao bebê um procedimento mais seguro, com uma recuperação mais tranquila e resultados satisfatórios.

Busque saber de depoimentos de outros pacientes, indicações da clínica e profissional e conhecer as pessoas que compõem a equipe. A saúde e a visão do seu bebê agradecem!